A marca da senioridade. O efeito casinha-da-Polly. O fim da mídia.
E as mudanças que estão rolando no modo de fazer marketing.
Faaala galera!
Quero dividir uma felicidade com vocês: meu curso, o Full Stack Marketing, está entregue.
Há anos eu venho concebendo-o na minha cabeça. Só não tinha tido tempo de executar. E, admito, menosprezei o esforço.
Achei que levaria 3 ou 4 semanas. Mas foram necessários 3 meses quase inteiramente dedicados para consolidar meus 10 anos de experiência em marketing nesse curso de 9h20 de duração.
Os primeiros alunos já estão finalizando o programa, e as avaliações mostram que o esforço valeu a pena:
Muito obrigado a todos por me darem o privilégio da sua atenção - seja lendo essa newsletter ou assistindo ao curso. Agora, vamos aos assuntos dessa edição.
A marca da senioridade
Desde que o marketing virou “digital”, qualquer um passou a achar que sabe fazer marketing. Isso encheu o mercado de mão de obra desqualificada.
Por um tempo, até que deu certo. Primeiro porque a demanda das empresas era alta – para criar conteúdo, para disparar emails, para criar sites, aquela coisa toda. Segundo porque, com um mato tão alto, não era tão difícil gerar resultado.
Só que o mercado evoluiu. O marketing está mais complexo e gerar resultado está mais difícil. Agora a desqualificação começa a ser sentida de forma cada vez mais aguda.
Porque não adianta só fazer. É preciso gerar resultado com a coisa feita. Quer alguém que crie posts? Fácil de encontrar. Quer alguém que gere resultado com conteúdo? Bem mais difícil.
O que as empresas estão começando a perceber é que senioridade compensa. Porque, no marketing, alguém muito bom entrega muito, mas muuuito mais do que alguém mediano.
Porque o sênior vai entregar mais.
Vai fazer os outros entregarem mais.
Vai fazer o orçamento retornar mais.
Sempre foi assim, mas está cada vez mais. Porque a AI está dando cada vez mais alavancagem para o conhecimento. De modo que, se antes a diferença de um marketeiro mediano para um muito bom era de, digamos, 2x. Agora ela pode ser 5x, 10x, talvez 50x. O que difere um do outro?
Saber fazer é essencial, mas não é diferencial. Porque tem muita gente que sabe fazer. Então qual é a marca da senioridade? A marca da senioridade é a capacidade de saber o que é que precisa ser feito. Porque um time sem direcionamento é como o ChatGPT sem um prompt. Serve para pouca coisa.
Saber direcionar é o que permite que você pule do operacional para o estratégico. O seu valor como profissional vai pular junto.
O efeito casinha-da-Polly
Sua filha está feliz da vida brincando com casinhas de caixa de papelão, molhos de chaves e os chinelos da mãe. Ela não precisa de mais nada para se divertir. E você acha isso lindo.
Até que ela vê a casa da Polly. “Mãe, eu quero”, diz ela.
Ela não precisa de uma casinha da Polly. É provável que, muito em breve, ela esqueça da casinha e volte a brincar com as caixas de papelão. Só que mesmo assim ela quer-porque-quer a casinha da Polly... E daí?
E daí que nós, crianças crescidas adultos, somos exatamente iguais e nem percebemos. Com frequência, nossos desejos (aquilo que a gente quer) estão em descompasso com a nossa felicidade (o que a gente deveria querer).
No caso das crianças, elas logo esquecem. No nosso caso, porém, esses desejos persistem. A nossa casinha de Polly é um carrão, uma casa na praia com piscina, uma viagem para a Europa e foda-se-o-euro, um chá de shopping nas lojas de roupas caras, enfim, tudo aquilo que o mundo faz a gente querer.
Só que nós, adultos, mestres do autoengano, não achamos que nossos desejos superficiais são superficiais. “Uma coisa é a casinha da Polly, outra é poder ir para a Europa”, etc. E lá vai você racionalizar um desejo besta.
Claro que é legal poder ir para a Europa e foda-se-o-euro. A casinha da Polly também é legal. Mas uma coisa é querer, outra é precisar. Querer é leveza; precisar é pesado. Querer gera estímulo para conquistar; precisar gera frustração se não for conquistado.
A vida é uma brincadeira. Se um molho de chaves não for suficiente para seu divertimento, nada será (isso é metafórico, gente…)
Deseje e queira muitas coisas! Sim! Por que não? Mas nunca esqueça: são só casinhas da Polly. A vida já está bem aqui, na nossa frente, para ser aproveitada. Vamos aproveitá-la esse ano?
“Chega de papo furado de autoajuda”, ouço você pensando, “eu quero falar de marketing!” Ok, ok, calma! Então vamos lá.
O fim da mídia
Falemos sobre a grande transformação pela qual o mercado de mídia está passando. Mudança que fará com que muitas agências e funcionários precisem se adaptar. Que mudança é essa?
Nos últimos anos, fazer gestão de mídia era algo complexo e envolvia estratégia: estrutura de campanha, configurações de otimização, escolha de segmentação, teste A/B. Só que já não é mais (tanto) assim.
A complexidade está menor. Resultado de um esforço e amadurecimento do mercado. As plataformas (Meta Ads, por exemplo) facilitam as configurações, as inteligências artificiais encontram seu público, e os vendedores de curso ensinam o mercado a operar.
Operar ferramenta já não é diferencial. Qualquer agência por um fee baixo faz o básico. Agora, o bom profissional de mídia precisa alocar esforço em dois outros caminhos: estratégia & dados.
Estratégia = o que mais mexe ponteiro em mídia é saber o que é que deve ser colocado na plataforma. Venderemos qual produto? Com qual funil? Para qual público? A estratégia é o input que você dá para a ferramenta.
Dados = se gestão de mídia ficou mais simples, a arquitetura de trackeamento e dados ficou mais complexa. Eventos, APIs de conversão, UTMs, análises. A área ficou mais técnica.
É claro que esse não é “o fim da mídia”, eu só quis ser enfático. É só o fim do trabalho de mídia tal como ele vem sendo feito.
Para agências continuarem cobrando valores altos e funcionários merecendo bons salários, fazer a operação já não vai ser suficiente – será preciso agregar em estratégia e dados. A boa notícia (você já esperava por isso, eu sei) é que o Full Stack Marketing ajuda justamente nisso.