É melhor ser funcionário ou prestar serviço?
Entenda como extrair mais valor do seu conhecimento de marketing.
Faaala galera!
Fiquei um tempo sem publicar por aqui, mas por um bom motivo: nasceu meu filho! O Caetano está com 3 semanas de vida e, nesse momento, dorme aqui do meu lado.
Ah, as vantagens do home office! Mas nem vamos entrar nesse tópico, que é um saco sem fundo... Em vez disso, vamos falar sobre se vale a pena ser funcionário ou prestar serviço.
Ser funcionário ou prestar serviço?
Como funcionário, seu crescimento inicial tende a ser mais rápido e menos arriscado. Sem tanta dificuldade, você conquista posições que paguem de 5 a 10 mil reais. O problema é que o teto é mais baixo. E depois disso? As oportunidades existem, mas afunilam. Para ganhar um aumento, você precisa do amém de alguém. Esse é o dilema do funcionário.
Já como prestador, a parte difícil é chegar nos primeiros 5 a 10 mil reais. Você ainda não tem autoridade e nem experiência – o que dificulta tanto para saber como e qual serviço prestar quanto para prospectar clientes. Esse é o dilema do prestador de serviço. A vantagem, porém, é que o teto é mais alto. O limite do quanto você vai ganhar depende de você, não do empregador.
Ok, mas e aí? Funcionário ou prestador? Existem infinitos caminhos possíveis e cada um deve achar o seu. Nisso, é importante levar em consideração não apenas análises de caminhos otimizados, mas perfil e vontade pessoal. Dito isso, não ficarei em cima do muro: eu acho que o ideal é, primeiro, você adquirir experiência como funcionário, idealmente alcançando posições de liderança na área, e depois, alavancado por essa experiência, migrar para o modelo de prestação de serviço.
Por quê? Porque, se você for prestar serviço cedo demais, você tende a pegar apenas jobs operacionais – e é provável que você fique preso neles, sem oportunidade de explorar outras perspectivas no marketing. Como autônomo, você precisa percorrer um looongo trajeto até ter 5 ou 6 pessoas com você, gerenciar orçamentos relevantes e lidar com desafios complexos. É mais fácil alcançar isso trabalhando para alguém. Assim, você otimiza o aprendizado.
Até que você já adquire certa experiência e autoridade. Então, eu passaria a otimizar para o retorno financeiro & lifestyle - e no meu entendimento eles tendem a ser encontrados com mais facilidade na prestação de serviço. A vantagem é que, nessa altura do campeonato, você já não precisará prestar apenas serviços operacionais. Poderá também vender consultoria, atuar como CMO as a service ou board member de alguma startup, por exemplo. Não será fácil. Exigirá novas skills, como visão de negócio e habilidade comercial. Mas tende a ser mais promissor.
A terceira via: virar empreendedor.
Existe ainda uma terceira via: empreender. Tanto como funcionário quanto como prestador, o que você está vendendo é seu serviço. Um próximo passo possível é colher você próprio os frutos diretos dos resultados que você é capaz de gerar. Ou seja, não vender hora. Nem vender projeto. Mas sim usar seu conhecimento para fazer uma empresa sua, que você tenha equity relevante, dar certo. É o mais arriscado, mas também o mais promissor.
Para isso, é preciso entender uma distinção simples, mas que muita gente não percebe: ser um profissional de marketing é diferente de um empreendedor que entende de marketing.
No primeiro caso, você oferece seu conhecimento em troca de um pagamento. No segundo caso, você usa seu conhecimento o para alavancar oportunidades de negócio que sejam suas. No primeiro caso, você é “a pessoa do marketing” do negócio dos outros. No segundo caso, você é “a pessoa do marketing” do seu próprio negócio (não apenas seu, mas também de seus cofundadores).
Ao dar esse passo, novas skills são requisitadas: de negócio, de produto, de governança, de formação de sociedade, etc. Além disso, esse é o mais arriscado de todos os caminhos - mas também onde está o ápice da extração de valor do próprio conhecimento.
E para quem é o Full Stack Marketing?
Apesar de eu ter muitos alunos no Full Stack Marketing que são (ou buscam se tornar) líderes de marketing em empresas como funcionários, o curso não é dedicado apenas a eles. Quase 35% dos meus alunos são prestadores de serviço. E uns 10% são CEOs ou empreendedores. A base de marketing que eu entrego é uma arma. Você pode apontá-la para qualquer alvo: seja para (1) crescer como funcionário; (2) para aprimorar sua prestação de serviços; ou (3) para fazer seu negócio crescer.
Caso você faça parte do primeiro grupo e queira crescer como funcionário, eu tenho um outro curso, chamado Plano Head de Marketing, que é focado em como crescer para posições de liderança. Ao contrário do FSM, o papo aqui não é técnico, mas sim de carreira.
Eu não tenho ainda nada equivalente para quem presta serviço ou empreende, mas estou pensando em criar. Se você tiver interesse, me avisa. Gostaria de entender quais são os dilemas nos quais você gostaria de ajuda.