Eu não amo marketing. The Death of the Follower. O organismo e o clínico geral.
E conheça a peça que falta na sua estratégia de conteúdo.
Faaala galera!
Vou contar um segredinho: marketing nunca foi minha paixão.
Ele foi algo que eu precisei aprender para dar vida às minhas ambições profissionais. E a primeira delas foi a @taglivros, empresa que fundei e fiz crescer.
Se eu pudesse ter feito a TAG crescer sem marketing, assim eu teria preferido. A vida é maior que landing pages, criação de conteúdo e campanhas de mídia…
Acontece que, especialmente hoje em dia, quase nada sai do papel sem marketing.
E eu adoro o desafio de tirar coisas do papel. De fazer as coisas crescerem.
E assim acabei gostando do jogo do marketing.
Porque ele me desafia.
“Não vai ser tão fácil”, diz ele.
“Ah, é?”, você responde mentalmente.
Ou seja: não é marketing pelo marketing. É marketing pelo desafio que ele representa.
Você faz marketing por fazer marketing ou você tem desafios empolgantes que quer conquistar com ele?
O organismo e o clínico geral
Ao encarar o marketing como um meio, e não um fim, você percebe que não importa se você conhece o playbook do guru do lançamento ou o método do coleguinha do linkedin.
No fim, o que importa não é o tamanho da sua lista de conhecimentos, mas sua capacidade de gerar resultado com os conhecimentos que você tem.
Isso parece óbvio, mas não é. Porque fomos educados a não errar, mais do que a acertar. Fomos educados a mostrar que sabemos, não a saber de fato.
No colégio, não importava o uso que déssemos ao conhecimento. Aliás, nem os professores sabiam dizer por que aprendíamos o que aprendíamos. O que importava era comprovar que tínhamos os tais conhecimentos: acertei, acertei, acertei, uhul, tirei 10 na prova! E daí?
Nossa vida profissional não é uma prova. Nosso gestor não é (ou não deveria ser) como um professor corrigindo provas. O que importa é gerar resultados para superar os desafios (nossos e do negócio).
E para gerar resultado com marketing você não precisa saber tudo. Você só precisa saber o suficiente que funciona. Mas como saber que suficiente é esse?
Aí precisamos aprender a pensar. É a diferença entre passar na prova decorando a fórmula ou entendendo a fórmula.
Nas provas, você até consegue passar com decoreba. Mas aqui, no mundo real, playbooks decorados e certificados de cursos não garantem resultados.
Você vai precisar saber fazer adaptação de contexto. Em outras palavras: aplicação de conhecimento para o seu caso individual.
Pense no marketing como um organismo. Tem o sistema digestivo, reprodutor, respiratório, cardiovascular… De todos eles depende o funcionamento do organismo. Se nosso organismo está ruim (digamos, a gente se sente exausto e fraco), como saber qual é a causa?
Essa é a resposta que marketeiros precisam dar, todos os dias: como melhorar o funcionamento do organismo do marketing? Se você for um marketeiro-cardiologista, que domina apenas um pedaço desse organismo, dificilmente encontrará a resposta. Nessa hora, é sempre melhor ser um clínico geral.
A Morte dos Seguidores
Esse foi o título de uma apresentação feita pelo Jack Conte, fundador do Patreon. Uma de suas ideias é a de que a sua base de seguidores nas redes sociais já não importa mais muito. Foi-se a época em que você produzia para a sua audiência, que seguia você e recebia seus conteúdos.
Agora, inspirados no TikTok, os algoritmos estão otimizando para engajamento. É para o algoritmo, e não para a sua audiência, que você produz. Não que angariar uma base de seguidores seja irrelevante - mas já não é mais tanto. Você pode ter 1 milhão de seguidores e, se postar algo que não engaja, terá 12 curtidas.
Eu acho isso bem ruim - tanto para o consumidor quanto para o produtor de conteúdo. Mas o que eu acho não importa. O que importa é que, para as redes sociais, isso funciona - e carrega implicações para quem produz conteúdo.
A principal delas é o conceito de “deplatform”: tirar seus seguidores das redes sociais e levá-los para plataformas que não tenham dependência algorítmica. Por exemplo, grupos de whatsapp, aplicativos próprios ou newsletters, como essa aqui.
Quando eu clicar “enviar”, você irá receber. Não há nenhum algoritmo como intermediário fiscalizando o “nível de engajamento” para decidir se você receberá ela ou não.
Se você se inscreveu, você receberá. Talvez você não leia, ou nem abra - mas aí é uma escolha sua, não do algoritmo. É uma relação entre nós dois, sem uma terceira parte mediadora. The follower’s power!
Estamos dependentes das redes sociais para nos comunicarmos uns com os outros. Essa é a realidade. Mas podemos ser menos dependentes se, na nossa estratégia de conteúdo, não usarmos apenas redes sociais.
A boa prática tem sido usá-las como canais de atração de audiência, mas sempre que possível redirecionar essa audiência para outros ambientes que você tenha maior controle. É o que tenho feito com essa newsletter. Aliás, muito obrigado pela leitura.
Esses dois assuntos, “O organismo do marketing e o clínico geral” e “Deplataformização e a Morte dos Seguidores” foram 2 aulas (de quase 70) do meu programa Full Stack Marketing, para profissionais sêniores de marketing. Se quiser acesso, me avisa que eu concedo.